Você já perdeu muito tempo fazendo um curso que parecia promissor para sua carreira, mas que no fim não trouxe nenhum resultado prático? Ou então fez um estudo incansavelmente para uma prova e o conteúdo nem sequer caiu?
Essas situações têm uma explicação: muitas vezes não estruturamos bem nossos projetos ou estudos.
Para evitar desperdício de tempo e energia, existe um método simples, extraído do livro Ultralearning de Scott H. Young (capítulo 4): responder a 3 perguntas principais antes de iniciar qualquer projeto.
1. Por quê?
O “por quê” é o motivo real de você estar estudando ou se dedicando a um projeto.
- Seu objetivo é ganhar dinheiro?
- Subir de cargo no trabalho?
- Aprender apenas por prazer pessoal?
É fundamental ter clareza.
🔎 Exemplo 1:
Você faz um curso interno de gerenciamento porque deseja ser promovido. Porém, ao final, descobre que dezenas de pessoas já possuem o mesmo certificado e que ele não é valorizado no mercado externo. Resultado: tempo perdido.
Por outro lado, outro funcionário entrevista gerentes da empresa e percebe que eles nunca fizeram aquele curso, mas sim investiram em oratória e finanças. Essa estratégia se mostra muito mais eficaz.
🔎 Exemplo 2:
Um arquiteto desempregado decide fazer uma pós-graduação de dois anos. Ao final, continua sem emprego. Outro arquiteto entrevista profissionais do mercado e descobre que as empresas usam um software específico, que pode ser aprendido em 3 meses. Ele investe nesse aprendizado e conquista a vaga rapidamente.
✅ Conclusão: Antes de mergulhar em cursos longos ou projetos caros, faça uma pesquisa minuciosa. Uma semana de investigação pode economizar anos de frustração.
E mesmo que seu objetivo seja aprender apenas por prazer (como estudar um novo idioma), deixe o motivo claro e específico:
- “Quero aprender inglês para fazer ligações internacionais no trabalho.”
- “Quero aprender francês para conversar com meu colega estrangeiro.”
Quanto mais claro o motivo, mais fácil será manter a motivação.
2. O quê?
A segunda pergunta é: o que exatamente eu preciso aprender?
Saber que quer aprender inglês para viajar é ótimo, mas… em que você deve focar?
O livro sugere dividir os conteúdos em três categorias:
- Conceitos: estruturas que precisam ser entendidas (ex.: regras gramaticais).
- Fatos: informações que precisam ser memorizadas (ex.: vocabulário, gírias).
- Procedimentos: habilidades práticas que precisam ser treinadas (ex.: pronúncia).
Identifique os conceitos, fatos e procedimentos mais desafiadores. Assim, você terá clareza sobre os principais obstáculos e poderá escolher os melhores métodos de aprendizagem.
3. Como?
A terceira pergunta é: como vou aprender isso na prática?
O livro apresenta dois métodos principais:
- Análise comparativa: descubra como outras pessoas atingiram o resultado que você busca. Por exemplo, pesquise a grade curricular de cursos reconhecidos ou observe trajetórias de profissionais de destaque.
- Ênfase e exclusão: escolha o que realmente importa para seu objetivo e deixe o restante de lado.
- Quer aprender inglês só para viajar? Foque mais na pronúncia do que na escrita.
- Quer usar um software no trabalho? Priorize as funções que realmente serão aplicadas.
Quanto tempo gastar planejando?
Evite o erro de passar mais tempo planejando do que praticando.
A recomendação é dedicar cerca de 10% do tempo total ao planejamento.
- Exemplo: se seu projeto leva 100 horas, invista 10 horas em pesquisa e estruturação.
- Sem isso, você pode gastar o dobro ou até mais para chegar no mesmo resultado.
Com o tempo, conforme os projetos crescem, esse percentual tende a diminuir.
Conclusão
Antes de começar qualquer estudo ou projeto, pergunte a si mesmo:
- Por que estou fazendo isso?
- O que preciso aprender de fato?
- Como vou aprender da forma mais eficiente?
Essas três perguntas são simples, mas podem economizar anos da sua vida e acelerar seus resultados.
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